Emoções, sensações... essas palavras vão surgindo, martelam
o dia todo em meu pensamento. Não obstante, dúvida e medo. Ultimamente procuro
progredir todos os dias um pouco. Perscrutar bem o que acontece a minha volta.
Tento entender o que me causa dúvida: o que está ainda dúbio.
Viajo no mais íntimo de mim mesmo. É um mundo cheio de enigmas e códigos que
precisam de significados e revelações. A
todo momento muda de um lugar para o outro, e cada lugar tem o seu jeito de
ser.
Agora estou em lugar alegre, há palhaços, bolinhas de
sabão por todo lado. Subitamente me teletransporto para um lugar desconhecido
de mim, ele é triste, cai uma chuva fina, o céu está cinzento, e tem uma pessoa,
debaixo de uma árvore com uma copa enorme que o protege dos chuviscos, ele está
bem concentrado meditando.
Aproximo-me, e como alguém que depois de ter olhado para
um espelho, ver o seu reflexo, ao olhar para está pessoa, sinto a mesma
sensação: olho para mim mesmo.
Passeio agora por obstáculos, não paro de correr, tanto
atrás de mim, como na minha frente, há varias pessoas que também correm. Todas
elas têm um lacre na boca, ficam balbuciando algo, como querendo dar um aviso.
Mais uma vez um reflexo de mim, agora estou escalando um
montanha, encontro-me só, não vejo corda e nem qualquer equipamento que me
traga proteção e segurança. Começo a cair, cair, cair...
Uma luz ofusca meus olhos, volto dessa viagem atordoado,
entretanto, uma paz invade-me, e tudo começa a parar de girar. Encontro-me
alegre, calmo e satisfeito por essa experiência, claro sem nenhum entendimento,
mas querendo sentir novamente, experimentar de novo esse efeito confortante e dúbio.