Na revista Veja (ed. 2217; de 18/05/2011, página 66)
Publicou essa noticia:
“No mundo há um desperdício de 1,3 bilhão de toneladas de alimentos anualmente, o que equivale a 1/3 da produção global”.
Vamos analisar esses dados. Se uma pessoa consome um 1kg por dia. Com o desperdício daria para alimentar 1,3 trilhão de pessoas por ano. E 3,65 bilhões de pessoas por dia. Há no mundo 6,2 bilhões de pessoas. Esse desperdício alimenta a metade da população. O resultado é triste porque não falta alimento. Porém sobra de alimento.
Está faltando o que João Paulo II chamava de “globalização da solidariedade”. Falta amor. Distribuição de alimento. Existe uma falácia no mundo. Dizem temos que controlar a natalidade por falta de alimento. Será que está faltando mesmo? Muitas vezes nos EUA e Europa. Os governos pagam para os agricultores pararem de produzir. Pois não há demanda e o preço cairia muito.
Papa Paulo VI já dizia que “não se trata de diminuir os comensais na mesa, mas de aumentar a comida”. Há um desperdício e a comida não chega na mesa de todos. Por razões de mercado (ganância), guerra etc.
Não há justificativa para o controle drástico da natalidade. Os países da Europa estão envelhecendo e logo o Brasil também irá envelhecer. Porque, infelizmente, o índice de natalidade aqui já está em 1,8 filhos/mulher. Quando o mínimo necessário para se manter o número de habitantes é 2,1 filhos/mulher.
Malthus afirmava que o crescimento da natalidade era uma “bomba” demográfica e que o mundo chegaria ao ano 2000 com 20 bilhões de pessoas, sem condições de alimentá-las; errou redondamente. Não chegou a 6 bilhões. Os catastrofistas de plantão continuam assustando a humanidade com segundas intenções. Ecologistas radicais espalham certo terror infundado.
A América Latina é um continente vazio; temos apenas 20 pessoas por quilômetro quadrado, enquanto o Japão tem 330 e os países da Europa 100, em média. E nesses lugares não existe analfabetismo, dengue, fome e outros males. Os países que mais se desenvolvem no mundo hoje são os que têm maior população: Índia e China, ambos com mais de 1 bilhão de habitantes. E a China acaba de suprimir a política do “filho único” porque está faltando mão de obra.
A Igreja sempre condenou esse controle egoísta e comodista da natalidade, desde que a pílula anticoncepcional foi inventada, em 1967.
Não tenho dúvida de que serão muito felizes os casais cristãos de nosso tempo que tiverem a fé e a coragem de viver a lei de Deus e desafiar esta onda contraceptiva e tiver todos os filhos que puderem criar, sem medo, sem comodismo e sem egoísmo, de acordo com a paternidade responsável ensinada pela Igreja.
No Jubileu de 2000 João Paulo II pediu aos casais: “Não tenham medo da vida”.
“Vede, os filhos são um dom de Deus: é uma recompensa o fruto das entranhas. Tais como as flechas nas mãos do guerreiro, assim são os filhos gerados na juventude” (Sl 126,3-4).
“Sem crescimento da população não se sairá da crise econômica”, disse o especialista em população Antonio Gaspari (ROMA, 13 de julho de 2009 – ZENIT.org):
O Papa Bento XVI, na Encíclica “Caritas in Veritate”, declarou que:
“A abertura à vida está no centro do verdadeiro desenvolvimento. Quando uma sociedade começa a negar e a suprimir a vida, acaba por deixar de encontrar as motivações e energias necessárias para trabalhar ao serviço do verdadeiro bem do homem” (n. 28).
“A abertura à vida está no centro do verdadeiro desenvolvimento. Quando uma sociedade começa a negar e a suprimir a vida, acaba por deixar de encontrar as motivações e energias necessárias para trabalhar ao serviço do verdadeiro bem do homem” (n. 28).
“Para sair da crise econômica é necessário fazer crescer a população. Considerar o aumento da população como a primeira causa do subdesenvolvimento é errado, inclusive do ponto de vista econômico” (n. 44).
“Os pobres não devem ser considerados um ‘fardo’, mas um recurso, mesmo do ponto de vista estritamente econômico” (n. 35).
E o Catecismo da Igreja Católica ensina que “o filho é o dom mais excelente do matrimônio” (CIC §2378).
É a palavra da Igreja na qual os católicos precisam acreditar e viver.
É a palavra da Igreja na qual os católicos precisam acreditar e viver.
Fonte Canção Nova.
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