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Itu, São Paulo, Brazil
José Humberto de Lima. Estado não de onde fui criado, Porém, de nascimento. Que seria de mim hoje, Se aos cinco anos, Não tivesse te deixado. Paraíba! Será, que um grande fazendeiro? Será, um escritor de cordel? O que tu tinhas, para me oferecer? Naquela seca, onde nem chorar podia eu, Porque minhas águas deixaram de minar. Paraíba! Aqui em São Paulo, A qual essa amante encontrei, Coisas boas não me ofereceu. Entretanto minha força sugou, Só me restou o dom de escrever, Que de herança confesso, adquiro de Ti. Aí, sou neto de Cecília e Severino do Cangaço, Que teve um filho padre, pessoa importante. E sou filho de um tal Migué, Que com muito esforço e trabalho, Trouxe para cá seus filhos e sua mulher. Cá não valho nada, sou conhecido de pseudo-zé. Arrependido encontro eu, Maculei o que era eterno, Ajoelhado clamo a Ti, mil perdões. Não esquivei, baixei minha guarda, Pois é junto de Ti que devo ficar. Paraíba!

ESCRITA

ESCRITA
Coloco aqui fragmentos da vida, alguns textos foram escritos, em momentos que sentia as palavras acariciando-me, porém toscas, precisando ser lápidas, e confesso que estou tentando, mas ainda não esculpi nenhum diamante. Todavia, não desisto de escrever, porque só assim, sei que estou respirando.

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domingo, 10 de abril de 2016

01.03.216






Não estou diante da realidade todos os dias. Recebemos chicotadas de notícias, que ferem nossas costas, alma e espírito. Há pessoas com projeto parar ganha bilhões ou mais.


Em contrapartida, outras têm apenas uma refeição ao dia, isso quando, encontra alguém caridoso, porque na maioria, os alimentos são retirados do lixo.
  

A alegria visita nossos lábios, quando há pessoas com recurso menor que o nosso. Para muitos, acredito ser esse pensamento, reconfortante. Puxa! Há alguém pior que eu. 


O que fazer nesses momentos, que nada podemos fazer? Rezar parece uma alternativa, mas que me entendam os intercessores, não estou dizendo que não adianta ou que não tenho fé. Esperar é custoso e, só quem já passou por isso pode aferir essa verdade.


Quando me deparo com alguém na fila, a espera por um favor, e não posso ou não sei como ajudá-lo, o dia para mim se entristece. A única coisa que faço, e não mais nada consigo, é unir-me com os intercessores e orar para que alguma graça aconteça.


Sinto-me um covarde, e distante do altruísmo.

Lembro-me dos cafés que tomo de manhã, o copo americano pela metade. Dois pães amanhecidos recheados de margarina. Das marmitas que esquento ao meio dia, que foi retirada pela manhã da geladeira, às vezes, só arroz e feijão, acompanhada por um ovo frito. 


Se era bilionário? Não! Mas nem pensava em dividir meu café pretinho, meu pão, meu feijão com arroz e ovo. Será que ficaria menos rico? Há tantos a margem! 


Há tantos que sentem reconfortado pela posição, que assumo na sociedade. Seus celeiros são dez vezes maiores que o meu. Será que são altruístas?


Aliás, quase não ver maltrapilhos em suas redondezas, não são permitidos nem se aproximarem.


Talvez, posso imaginar seus pensamentos. Olha aquele homem na portaria, não tem horário de almoço. E aquele outro, trabalha o dia inteiro sobre o sol. Ah! Precisam trabalhar, é assim mesmo. 


Assim é também, aqueles que ficam incomodando por um prato de comida, quando temos tantas coisas a fazer: ir ao cabeleireiro, fazer unhas e ir à academia. 


Tudo isso depois de levar as crianças à escola. Não igual às das nossas funcionárias, que são cinquenta em cada sala, mas em uma onde, só nós conseguimos pagar. Lá, aprendem dois idiomas e saem prontos para passar em um vestibular, de uma escola federal.


Terminando, estão prontas para serem patrões e os filhos dos nossos fies funcionários, empregados. Ah! O que podemos fazer, a vida é assim mesmo!

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