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Itu, São Paulo, Brazil
José Humberto de Lima. Estado não de onde fui criado, Porém, de nascimento. Que seria de mim hoje, Se aos cinco anos, Não tivesse te deixado. Paraíba! Será, que um grande fazendeiro? Será, um escritor de cordel? O que tu tinhas, para me oferecer? Naquela seca, onde nem chorar podia eu, Porque minhas águas deixaram de minar. Paraíba! Aqui em São Paulo, A qual essa amante encontrei, Coisas boas não me ofereceu. Entretanto minha força sugou, Só me restou o dom de escrever, Que de herança confesso, adquiro de Ti. Aí, sou neto de Cecília e Severino do Cangaço, Que teve um filho padre, pessoa importante. E sou filho de um tal Migué, Que com muito esforço e trabalho, Trouxe para cá seus filhos e sua mulher. Cá não valho nada, sou conhecido de pseudo-zé. Arrependido encontro eu, Maculei o que era eterno, Ajoelhado clamo a Ti, mil perdões. Não esquivei, baixei minha guarda, Pois é junto de Ti que devo ficar. Paraíba!

ESCRITA

ESCRITA
Coloco aqui fragmentos da vida, alguns textos foram escritos, em momentos que sentia as palavras acariciando-me, porém toscas, precisando ser lápidas, e confesso que estou tentando, mas ainda não esculpi nenhum diamante. Todavia, não desisto de escrever, porque só assim, sei que estou respirando.

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sábado, 7 de maio de 2016

07.05.2016



Não sou escritor, mas um caçador de palavras, e assim vou construindo meu cantinho. Quase não há novidades, porque as palavras estão em crise. Não chega ser uma crise natural, mas pensada por uma ideologia.


As lindas palavras, não moram nos lugares onde frequento. Elas estão protegidas por muros, poucos têm acesso, e esses raramente deixam escapar algumas.


Vou cavando, trabalhando e sendo explorado, para no início do mês, sentir-me mais alfabetizado. Dura apenas uma semana e, logo, sinto que devo desistir.


Jornada dupla não é fácil, conheço muito caçadores, só que alguns estão se desviando e seguindo caminho contrário. 

Se venderam e fazem um trabalho sujo, por palavras brilhantes, que vão garantir, não só seus futuros, mas de filhos e netos. 


Luto quase só, prefiro assim, tenho medo! Não conheço as pessoas sem sua mascaras, todos temos um preço. Temos?!


Final do dia, sempre o mesmo, o seu início também.

Antes de chegar em casa, as luzes cegas dos postes, escondem os buracos e as sujeiras da rua. Vejo minha triste casa, sua camisa está desbotada, os moveis de bengala e o chão precisando trocar a dentadura.


Vida de mestre de palavra, vida de caçar palavra, me sujeitarei a um preço? O que direi a meu filho e minha esposa, que esperam por mim, fingindo estar dormindo?



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