Ao
me darem um nome, alienaram-me. Vivo de padrões que não quer minha felicidade.
Não sou matéria, se fosse não estaria preso a um corpo, que tenta ser aquilo
que não sou.
Essa
casca que me envolve, determina minhas condutas, não sou mais dono de mim. Quem
é?
Muitos
são pagos para dizer palavras bonitas, quando o silêncio mostra quem somos.
Indivíduos se alienaram pela matéria, o vírus burlou o sistema, a lei não é
para a minoria, que as criam, mas para muitos que sabem, que há uma falácia,
mas também omissão.
Serei
um eterno escritor, assim todos poderão saber o quão obtuso sou. Não sou
diferente em meu cotidiano, porque não permito que meu corpo viva por mim. Sou
triste, quando estou, também alegre, também amável, também bravo, também sou...
Na
escola poderia fingir ser um aluno normal. Só não sei o que é normal. O que é?
Aquele que só recebe informações, que tem medo de se expor, de fazer perguntas sem
coerência, eu me exponho demais, não entendo quase nada e, minhas perguntas são
sem sentido.
Vivo
porque nunca desisti de mim, sou cinco cordas sem harmonia, ontem mesmo,
encontrei o diapasão da primeira corda, hoje, consegui afiná-la. Deus sabe o
quanto foi difícil... sim, Ele sabe...
Quando
a matéria me deixar, queria continuar a escrever, através desse sentido - para mim escrever é como um sentido -,
consigo dar significado, o que percebo, pelos outros cinco. Está prisão não é de
toda ruim. Há momentos interessantes, e queria ter a eternidade para
reconstruí-la.
Elaboro
frases, meu lápis, desvirginam folhas, textos vão ganhando sentidos, quando
quero dizer pouco, sou prolixo, quando muito, sou conciso. Às vezes não me
entendo, em outros momentos, demais. Sou como um texto que ganha sentido. Quando
muito quero entender, nada se releva; em outros, apenas uma palavra é o
suficiente. Agora peço licença, preciso apontar meu lápis!
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