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Itu, São Paulo, Brazil
José Humberto de Lima. Estado não de onde fui criado, Porém, de nascimento. Que seria de mim hoje, Se aos cinco anos, Não tivesse te deixado. Paraíba! Será, que um grande fazendeiro? Será, um escritor de cordel? O que tu tinhas, para me oferecer? Naquela seca, onde nem chorar podia eu, Porque minhas águas deixaram de minar. Paraíba! Aqui em São Paulo, A qual essa amante encontrei, Coisas boas não me ofereceu. Entretanto minha força sugou, Só me restou o dom de escrever, Que de herança confesso, adquiro de Ti. Aí, sou neto de Cecília e Severino do Cangaço, Que teve um filho padre, pessoa importante. E sou filho de um tal Migué, Que com muito esforço e trabalho, Trouxe para cá seus filhos e sua mulher. Cá não valho nada, sou conhecido de pseudo-zé. Arrependido encontro eu, Maculei o que era eterno, Ajoelhado clamo a Ti, mil perdões. Não esquivei, baixei minha guarda, Pois é junto de Ti que devo ficar. Paraíba!

ESCRITA

ESCRITA
Coloco aqui fragmentos da vida, alguns textos foram escritos, em momentos que sentia as palavras acariciando-me, porém toscas, precisando ser lápidas, e confesso que estou tentando, mas ainda não esculpi nenhum diamante. Todavia, não desisto de escrever, porque só assim, sei que estou respirando.

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domingo, 24 de abril de 2016

24.04.2016


Vidas, sonhos e desejos, que nos embebedam da realidade. Somos seres rasgando escuros e costurando claras mantas, antes, que nossos corpos repousem.

Além do cosmo, somos prisioneiros de nós mesmos.

Tempos consumidos, para que o corpo absorva o prazer das luxuosas vaidades. Enquanto, nossas almas vagam por dispendiosos altares e banquetes.

Pobre, rica alma vagabunda, talvez, nunca saberás o valor onde pisas teus pés, nem tua boca provarás o sabor, que teu olfato degusta e, também, não repousarás sobre está perfeita visão, que teus olhos consome todos os dias.

quinta-feira, 14 de abril de 2016

13.04.2016


13.04.2016



 Nem sempre me encontrarás rindo, e não representa que nada vai mal. Já pelas quatro da madrugada, o itinerário está sendo esmagado, pelos ligeiros pés, para não perder sua condução. Não sentir o hálito do tempo, tem lá suas previsões, o dia que paulatinamente se aquece.   

Em vertigens, meu futuro não é como quero e, migrar-me da portaria, está distante e emaranhado, que hoje penso assumir.   

Será assim com todos? Ou só comigo, a luz que faz arder o dia e ofusca a retina, não clareia a não obtusidade. Não é instantâneo como o frescor que o corpo sente, ingerindo o líquido, que sobrevive seu adversário, o qual bem fez anunciando a  escassez.  

Assim não está definido, o que virá a ser. Meus risos turvos, escolhas incertas, caminhos que não condiz o desejo de ser, ainda sim, sou o que serei, e se não sou, não é por não ser, apenas é, o está fora do ângulo.

terça-feira, 12 de abril de 2016

12.04.2016

12.04.2016



Quem um dia já se deparou com algo que mudou todo o seu mundo, não estou escrevendo para impressionar ou convencer alguém, mas algo que queria mais.

Confesso que não entendia o que estava lendo, mas sentia as palavras. Assemelha-se como escutar uma música: a melodia de um violão, em que você distingue o grave do agudo. As palavras desse livro, A hora da estrela, mexeu comigo, li-o duas vezes. 

Quis saber quem era essa escritora. Eu ainda não lia muito, e foi depois do livro da Clarice Lispector, que passei a ler um livro por mês e quando estou de férias, os números aumentam.

Eu descobri o mundo dos livros, e passei a entender um pouco a proposta da escritora, Clarice Lispector, o desejo de sempre querer salvar seus personagens, a introspecção, a antropofagia – que encontramos nos movimentos literários modernistas, no caso da Clarice, “descobri em minhas leituras, a filosofia de - Espinosa ou Espinoza”. 

Os personagens se encantam com algo da natureza, o que Espinosa chama de energia, a partir daí, se a personagem não conseguia encontrar um valor para viver, a partir daquela energia, da epifania, do encantamento, o personagem tem uma nova participação na sociedade, ela dá um novo valor para a vida.

Acredito que não sou um leitor modelo, ainda sim empírico, mas a cada leitura, aprendo sobre esse fantástico e enigmático mundo da leitura.




domingo, 10 de abril de 2016

01.03.216






Não estou diante da realidade todos os dias. Recebemos chicotadas de notícias, que ferem nossas costas, alma e espírito. Há pessoas com projeto parar ganha bilhões ou mais.


Em contrapartida, outras têm apenas uma refeição ao dia, isso quando, encontra alguém caridoso, porque na maioria, os alimentos são retirados do lixo.
  

A alegria visita nossos lábios, quando há pessoas com recurso menor que o nosso. Para muitos, acredito ser esse pensamento, reconfortante. Puxa! Há alguém pior que eu. 


O que fazer nesses momentos, que nada podemos fazer? Rezar parece uma alternativa, mas que me entendam os intercessores, não estou dizendo que não adianta ou que não tenho fé. Esperar é custoso e, só quem já passou por isso pode aferir essa verdade.


Quando me deparo com alguém na fila, a espera por um favor, e não posso ou não sei como ajudá-lo, o dia para mim se entristece. A única coisa que faço, e não mais nada consigo, é unir-me com os intercessores e orar para que alguma graça aconteça.


Sinto-me um covarde, e distante do altruísmo.

Lembro-me dos cafés que tomo de manhã, o copo americano pela metade. Dois pães amanhecidos recheados de margarina. Das marmitas que esquento ao meio dia, que foi retirada pela manhã da geladeira, às vezes, só arroz e feijão, acompanhada por um ovo frito. 


Se era bilionário? Não! Mas nem pensava em dividir meu café pretinho, meu pão, meu feijão com arroz e ovo. Será que ficaria menos rico? Há tantos a margem! 


Há tantos que sentem reconfortado pela posição, que assumo na sociedade. Seus celeiros são dez vezes maiores que o meu. Será que são altruístas?


Aliás, quase não ver maltrapilhos em suas redondezas, não são permitidos nem se aproximarem.


Talvez, posso imaginar seus pensamentos. Olha aquele homem na portaria, não tem horário de almoço. E aquele outro, trabalha o dia inteiro sobre o sol. Ah! Precisam trabalhar, é assim mesmo. 


Assim é também, aqueles que ficam incomodando por um prato de comida, quando temos tantas coisas a fazer: ir ao cabeleireiro, fazer unhas e ir à academia. 


Tudo isso depois de levar as crianças à escola. Não igual às das nossas funcionárias, que são cinquenta em cada sala, mas em uma onde, só nós conseguimos pagar. Lá, aprendem dois idiomas e saem prontos para passar em um vestibular, de uma escola federal.


Terminando, estão prontas para serem patrões e os filhos dos nossos fies funcionários, empregados. Ah! O que podemos fazer, a vida é assim mesmo!

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