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Itu, São Paulo, Brazil
José Humberto de Lima. Estado não de onde fui criado, Porém, de nascimento. Que seria de mim hoje, Se aos cinco anos, Não tivesse te deixado. Paraíba! Será, que um grande fazendeiro? Será, um escritor de cordel? O que tu tinhas, para me oferecer? Naquela seca, onde nem chorar podia eu, Porque minhas águas deixaram de minar. Paraíba! Aqui em São Paulo, A qual essa amante encontrei, Coisas boas não me ofereceu. Entretanto minha força sugou, Só me restou o dom de escrever, Que de herança confesso, adquiro de Ti. Aí, sou neto de Cecília e Severino do Cangaço, Que teve um filho padre, pessoa importante. E sou filho de um tal Migué, Que com muito esforço e trabalho, Trouxe para cá seus filhos e sua mulher. Cá não valho nada, sou conhecido de pseudo-zé. Arrependido encontro eu, Maculei o que era eterno, Ajoelhado clamo a Ti, mil perdões. Não esquivei, baixei minha guarda, Pois é junto de Ti que devo ficar. Paraíba!

ESCRITA

ESCRITA
Coloco aqui fragmentos da vida, alguns textos foram escritos, em momentos que sentia as palavras acariciando-me, porém toscas, precisando ser lápidas, e confesso que estou tentando, mas ainda não esculpi nenhum diamante. Todavia, não desisto de escrever, porque só assim, sei que estou respirando.

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domingo, 10 de julho de 2011

Saudades da minha Infância


Hoje senti saudades da minha infância. Dos tempos que meus irmãos e eu aprontávamos com meu primo. Ele chegava de madrugada. Cansado do trabalho. E era recebido com uma caixa na cabeça.


Nós colocávamos em cima da porta uma caixa cheia de sapatos. Ficávamos esperando ele chegar. Na hora em que ele entrava em casa apagávamos a luz. E ficávamos sorrindo baixinho.

O momento mais engraçado era quando ele abria a porta do quarto. Com aquela caixa cheia de sapatos e chinelos em cima da porta. Quando a caixa caia era só risada. Nós gargalhávamos. Riamos muito... mais muito. Que as vezes chorávamos de tanto ri.

E o meu primo coitado. Estava cansado de tanto trabalhar. As vezes levava na esportiva. As vezes ficava bravo. Mas sempre caia nas nossas armadilhas. Um abraço primo (Zezinho). E aos meus queridos irmãos. Saudades das nossas “santa bagunças”.  

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