Perfil

Minha foto
Itu, São Paulo, Brazil
José Humberto de Lima. Estado não de onde fui criado, Porém, de nascimento. Que seria de mim hoje, Se aos cinco anos, Não tivesse te deixado. Paraíba! Será, que um grande fazendeiro? Será, um escritor de cordel? O que tu tinhas, para me oferecer? Naquela seca, onde nem chorar podia eu, Porque minhas águas deixaram de minar. Paraíba! Aqui em São Paulo, A qual essa amante encontrei, Coisas boas não me ofereceu. Entretanto minha força sugou, Só me restou o dom de escrever, Que de herança confesso, adquiro de Ti. Aí, sou neto de Cecília e Severino do Cangaço, Que teve um filho padre, pessoa importante. E sou filho de um tal Migué, Que com muito esforço e trabalho, Trouxe para cá seus filhos e sua mulher. Cá não valho nada, sou conhecido de pseudo-zé. Arrependido encontro eu, Maculei o que era eterno, Ajoelhado clamo a Ti, mil perdões. Não esquivei, baixei minha guarda, Pois é junto de Ti que devo ficar. Paraíba!

ESCRITA

ESCRITA
Coloco aqui fragmentos da vida, alguns textos foram escritos, em momentos que sentia as palavras acariciando-me, porém toscas, precisando ser lápidas, e confesso que estou tentando, mas ainda não esculpi nenhum diamante. Todavia, não desisto de escrever, porque só assim, sei que estou respirando.

Botão

Botão
VOLTAR PARA O INÍCIO

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Saudades de Mamãe



... foi num belo dia ensolarado que recebi um telefonema.
- Zé, a mãe não está bem. Ontem ela passou mau e, precisou ir para a Santa Casa. A principio eu não liguei muito, pensei, não há de ser nada. Decerto melhore e volte para casa logo. Recebi outro telefonema.

- O caso da mãe é sério e, vão transferi-la para o hospital de Sorocaba. Larguei tudo o que estava fazendo e, sai as pressas, para ver minha mãe. Quando cheguei na Santa Casa. Já era tarde minha mãe tinha acabado de ser transferida.

Minhas vistas se escureceram. Muitos pensamentos apareceram na minha memória e, não consegui assimilar nenhum. O jeito foi ir visitá-la em Sorocaba.

Liguei para os meus irmãos e, combinamos para irmos visitar mamãe. Chegando lá só podia entrar um de cada vez.

Então chegou a minha vez. Não me lembro direito se, mamãe estava deitada ou sentada quando entrei. Segurava um pano branco. Parecia que estava chorando. Mas soube disfarçar muito bem quando me viu entrar.

Nós olhamos. Ela deu um sorriso sem graça. Mas senti que ficou contente ao me ver. Depois retribui o mesmo sorriso sem graça. E me alegrei ao vê-la tambem.

Pedi a benção. Percebi que ela disfarçava um pouco para esconder os caroços que estavam em seu pescoço. Pediu-me para nunca deixar de ir ao médico caso sentisse alguma dor.

Conversamos muito sobre vários assuntos que me emocionaram. Quando fui embora abracei mamãe e, dei-lhe um beijo no rosto e, disse-lhe que ela iria melhorar e, voltaria logo para casa.

Mamãe me olhou e não me disse nada, pude ver em seus olhos que queria me dizer, até mais meu filho e que Deus te abençoe. Sai com aquela imagem da minha mãe, cabelos curtos estava parecendo a vovó Cecília. Ela retribuindo o beijo e me olhando.

 Depois de alguns dias mãe... ela... ela... se... Deus a levou. Eu não sabia que aquele seria o último dia que veria mamãe. Se soubesse teria demorado mais. Teria abraçado e beijado mais o seu lindo rosto.

Mamãe, porém, já sabia e se fez de forte, para não demonstrar a nenhum de meus irmãos e a mim. Naquele dia não foi uma despedida. Fiquei com aquela linda imagem de mamãe. Me abraçando, me beijando e, com os seus olhos fixos olhando para mim...

Nenhum comentário:

Comentários Recentes